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O Que é Orgasmo: 5 Mitos Sobre o Tema

Apesar de ser uma experiência comum que faz parte da sexualidade e saúde mental, ainda há muitas dúvidas e mitos sobre o que é orgasmo.

A definição científica do que é orgasmo pode simplificar demais essa experiência intensamente pessoal e única. Enquanto para alguns, o pode ser pode ser mais sutil, com um simples suspiro de alívio, para outros pode ser explosivo e arrebatador.

Neste artigo vamos mergulhar nessa experiência complexa e fascinante, compreendendo o que é o orgasmo de fato e trazendo 05 mitos sobre esse aspecto que é componente essencial da nossa saúde mental.

O que é o orgasmo: mulher apertando o lençol durante um orgasmo.
Fonte: Canva

O que é Orgasmo

Definido cientificamente, o orgasmo é o clímax da excitação sexual, marcado por sensações intensas de prazer, muitas vezes acompanhadas por contrações rítmicas dos músculos pélvico

Apesar da similaridade nas descrições, a experiência pode ser incrivelmente diferente para diferentes pessoas, variando em intensidade, duração e sensações associadas.

Mesmo sendo um fenômeno que faz parte da experiência humana, ainda há muitos tabus ao falar sobre o assunto, gerando dúvidas e ideias equivocadas que acabam distanciando e impedindo que a pessoa possa viver essa experiência em toda a sua plenitude.

Com isso em mente, vamos mergulhar em 05 mitos comuns sobre o orgasmo:

Mito 1: Todos os Orgasmos São Iguais

Um mito comum é que todos os orgasmos são iguais – isso está longe de ser verdade. Algumas pessoas podem experimentar orgasmos intensos e longos, enquanto outras podem ter experiências mais breves e sutis.

Como mencionado anteriormente, a experiência do orgasmo pode variar muito de um para o outro, variando inclusive com uma mesma pessoa a depender da forma de estimulação, parceiro ou estado emocional no momento.

Da mesma forma, ele pode ser atingido através de diferentes tipos de estimulação, incluindo o contato direito com a estimulação genital, mas também através de zonas erógenas menos óbvias (pés, orelhas, pescoço) ou mesmo através de fantasias.

Mito 2: Apenas o Coito Pode Levar ao Orgasmo

Outro mito comum sobre o orgasmo é que ele só pode ser alcançado através do coito. Isso é especialmente falso quando se trata de orgasmos femininos. Muitas mulheres necessitam de estimulação clitoriana para atingir o orgasmo, o que nem sempre é fornecido pelo coito.

O orgasmo é uma experiência complexa que envolve a imaginação, contexto, estado emocional e pode ser atingido através de atividades que não envolvem penetração, como sexo oral ou até mesmo estimulação não-genital.

Mito 3: O Orgasmo é Sempre o Objetivo do Sexo

A ideia de que o orgasmo deve ser sempre o objetivo do sexo é um mito que pode levar a muita pressão e frustração.

O sexo pode ser prazeroso e satisfatório mesmo sem orgasmo, e a ênfase no nele pode, na verdade, dificultar o prazer sexual ao criar expectativas e pressões desnecessárias.

Apesar de ser um momento desejado, o foco deve estar em desfrutar a experiência como um todo, e não apenas na busca pelo clímax.

Mito 4: A Incapacidade de Alcançar é uma Doença

A incapacidade de alcançar o orgasmo, conhecida como anorgasmia, é mais comum do que muitas pessoas imaginam.

Embora possa ser frustrante, não é necessariamente um problema, a menos que cause angústia ou dificuldades no relacionamento e na experiência sexual.

Há muitos fatores que podem influenciar a capacidade de uma pessoa de alcançar o orgasmo, incluindo fatores físicos, psicológicos e relacionais.

Se a anorgasmia é um problema, a ajuda de um profissional de saúde ou terapeuta sexual pode ser benéfica.

Mito 5: O Orgasmo Simultâneo é o Ideal

Muitas pessoas têm a ideia de que acontecoer de forma simultânea – onde ambos os parceiros atingem o orgasmo ao mesmo tempo – é o ideal e a única forma a ser buscada.

Embora isso possa ser prazeroso para alguns, não é de forma alguma necessário para uma experiência sexual satisfatória.

Para que o sexo seja uma experiência prazerosa, precisa haver um estado de relaxamento e despreocupações. A pressão para sincronizar os orgasmos pode levar a uma experiência menos satisfatória e prazerosa para ambos os parceiros.

Conclusão

Desmistificar o que é orgasmo nos permite abraçar a complexidade e variedade dessa experiência sexual humana. Quando nos libertamos dos mitos e equívocos, podemos começar a ter uma visão mais saudável da nossa própria sexualidade.

Cada orgasmo é uma experiência única, moldada por uma miríade de fatores que vão desde a nossa saúde física e mental até o nosso ambiente e estado emocional. Ao entendermos isso, nos libertamos da pressão de atingir uma experiência idealizada.

Devemos também lembrar que o sexo não se limita ao orgasmo. Muito prazer pode ser encontrado na jornada para o clímax, bem como na intimidade e conexão que o sexo proporciona.

Quando abandonarmos a pressão para atingir o orgasmo, podemos descobrir um prazer mais profundo e satisfatório na totalidade da experiência sexual.

Por fim, se a incapacidade de atingir o orgasmo ou outros problemas sexuais estão causando angústia, é importante procurar a orientação de um profissional de saúde. Com uma compreensão mais completa do que é orgasmo, podemos nos tornar mais sintonizados com nós mesmos.

Kayo Barboza

Médico Psiquiatra (CRM/BA 27300/RQE 17784) com formação em Mindfulness, fundador do Projeto Kalmaria e apaixonado pela missão de promover saúde mental para o maior número de pessoas possível.

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